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domingo, 31 de maio de 2015

As flores


As flores simbolizam nossa saudade, e nosso pedido de oração de que estejam na glória de Deus.
As flores mostram que respeitamos os sepulcros dos mortos (Gn 47,30; Jo 19,40; Jo 11,38; Mt 23,29; 27,60; Luc11,48) em consideração a nossa fé de que ressucitarão no último dia (Jo 5,28) e de que vivos ou mortos pertencemos ao Senhor (Rm 14,8) somos um só corpo (Gl 3, 27-28) e o que fazemos de bom redunda em benefício para todos (ICor 12,26-27; Apo 14,13) nesta ou na outra vida (Mt 12,32).

A vela


A vela acesa simboliza Cristo “Luz do mundo”, conforme ele próprio se qualificou.
O costume de acender velas tem origem nas prescrições do Antigo Testamento:
“O Senhor disse a Moisés: “Ordena aos israelitas que te tragam óleo puro de olivas esmagadas para manter, continuamente acesas as lâmpadas do candelabro. Disporás as lâmpadas no candelabro de ouro puro para que queimem continuamente diante do Senhor”. Lev 24, 1-4.
Jesus é a nossa Luz:
“O povo que andava nas trevas viu uma Grande Luz; sobre aqueles que habitavam na sombra da morte resplandeceu uma Luz” Is 9,1
“Eu Sou a LUZ do mundo, aquele que me segue não andará nas trevas, mas terá a Luz da Vida” (Jo 8,12).
As velas representam nossa oração constante diante de Deus (Lev 24, 4), mas não adiante acendê-las sem rezar, pois o importante é a intenção de nosso coração e nossa oração.
Que relação pode haver entre um sacrifício e uma vela acesa?
A vela acesa substitui, perante de Deus, a pessoa que a acende: consome-se, como se fosse um holocausto oferecido a Deus.
O holocausto era, na Antiguidade e na lei mosaica, o sacrifício mais perfeito, porque por ele a vítima era oferecida a Deus e queimada, por inteiro, em reconhecimento a seu poder e direito absolutos sobre quem a oferecia.
A vela acesa é um holocausto em miniatura.
A pessoa adquire a vela, que passa a lhe pertencer, a ser sua.
Acende-a para ser consumida em seu lugar.
Uma vela acesa a Deus simboliza, portanto, a adoração e a entrega total de quem a acende ao Deus Todo Poderoso, Senhor e Criador de todos os seres.
Eis um trecho da presença de velas na adoração ao Senhor:
1 Ao anjo da igreja em Éfeso escreve: Isto diz aquele que tem na sua destra as sete estrelas, que anda no meio dos sete candelabros de ouro:(Apo 2,1)
3 e no meio dos candelabros um semelhante a filho de homem, vestido de uma roupa talar, e cingido à altura do peito com um cinto de ouro;
(Ap 1, 13).
A vela também nos lembra da presença de do senhor em nosso meio "em forma de língua de Fogo" (At 2,3) e como "Luz para iluminar as nações" ( Lc 2,32):
21 E o Senhor ia adiante deles, de dia numa coluna de nuvens para os guiar pelo caminho, e de noite numa coluna de fogo para os alumiar, a fim de que caminhassem de dia e de noite.
22 Não desaparecia de diante do povo a coluna de nuvem de dia, nem a coluna de fogo de noite. 
(Ex 13,21-22)

Uma vela acesa não substitui a Missa, o sacrifício de Cristo feito só uma vez e sempre atualizado em nossos altares, mas nem por isso deve ser desprezada ou abolida.
É apenas um gesto simbólico.
Deve-se, sim, evitar a má interpretação e o exagero, isto é, evitar dar-lhe maior valor do que ela tem.
Vela acesa é, pois, símbolo de consumação e oração contínua.

A oração pelos finados


É importante e necessário rezar pelos mortos, pois "quer vivos ou mortos pertencemos ao Senhor" (Rm 14,8), e isso mostra nossa fé na ressurreição e talvez mesmo tendo morrido na graça de Deus os mortos ainda precisem de uma última purificação (Mt 12,32; I Cor 3, 10-15) antes de entrar na alegria do céu:
"Porque é necessário que todos nós sejamos manifestos diante do tribunal de Cristo, para que cada um receba o que fez por meio do corpo, segundo o que praticou, o bem ou o mal" (II Cor 5, 10).
Ou seja, se praticamos qualquer mal deveremos pagar por ele também, ainda que não formos condenados ao inferno (I Cor 3, 10-15) e quer vivos ou mortos esforçamo-nos por agradar a Deus (II Cor 5,9).

Uma conversão que procede de uma ardente caridade pode chegar à total purificação do pecador, de tal modo que não haja mais nenhuma pena (Lucas 23,43).
Sobre a oração pelos mortos a Bíblia nos diz:
"e puseram-se em oração, para implorar-lhe o perdão completo do pecado cometido. O nobre Judas falou à multidão, exortando-a a evitar qualquer transgressão, ao ver diante dos olhos o mal que havia sucedido aos que foram mortos por causa dos pecados." (II Macabeus 12,42)
era esse um bom e religioso pensamento; eis por que ele pediu um sacrifício expiatório para que os mortos fossem livres de suas faltas. (II Macabeus 12,46)
"De outra maneira, que intentam aqueles que se batizam em favor dos mortos ? Se os mortos realmente não ressuscitam, por que se batizam por eles? " ( I Cor 15,29)
Há vários modos de ajudar os mortos, entre os quais, a visita aos cemitérios, o cuidado com os sepulcros, orações, Missas, velas, flores, e boas obras ( II Mac 12,46; I Cor 15,29; I Ped 4,8; Tob 4, 7-12; Eclo 3,33-34 At 10,4; Heb 13,16) como forma de súplica pelo descanso dos que partiram, pois diz a Bíblia:
"Dá de boa vontade a todos os vivos, 
e não recuses este benefício a um morto"
( Eclo 7,37 )

terça-feira, 26 de maio de 2015

Eu deixo uma rosa à alma que mais necessitar



Eu deixo esse botão de rosa, junto com um Mistério do Santo Rosário à alma que mais precisar e que por ela com fé recitarei e colocarei no meu pequeno e humilde oratório, embora indigno e pecador que sou.
Sei que não é muito este presente que esse pecador aqui a ti, pequena alma, vos oferece do meu mundo material de sofrimentos e de pecados. A ti, do teu mundo espiritual; mas é com a alma e com o coração que lhe dou junto com minhas orações.

E que de acordo com o crescimento da sua purificação, cresça também este simples botão de flor, e que no dia em que tu, Alma Santa e sofredora, purificar-te totalmente e assim já estiver no Céu glorificando a Deus, que este simples botão se transforme também numa das lindas rosas que enfeitará o seu Jardim no Céu. Quanto a mim, eu não lhe pedirei nada em troca, pois o que lhe dou lhe dou de coração... A única coisa que vou lhe pedir deste botão de rosa é a sua semente, que é para que eu possa plantar outra vez. Amém.

Márcio S. Souza

terça-feira, 19 de maio de 2015

Não é preciso ter medo das Almas do Purgatório


Elas só querem o nosso carinho, cuidado e orações e não nosso medo.
Que presente (embora assustador, mas maravilhoso) ganharíamos se alguma noite fôssemos despertados pela presença da alma de um falecido, seja parente, amigo ou até mesmo desconhecido, nos pedindo orações, sacrifícios e Missas para se libertar dos sofrimentos do Purgatório! E seria extremamente bom se essa alma sofredora nos deixasse algum sinal perceptível e duradouro, para que à luz do dia, tivéssemos a certeza de que aquela visita não foi apenas um pesadelo ocasionado por algum excesso no jantar.
As almas do Purgatório não nos podem fazer mau, mesmo até porque são almas muito queridas por Jesus... Elas só se aproximam de nós para nos pedir ajuda e orações, pois são muito carentes, precisam e dependem totalmente de nós, por isso o católico fiel devoto jamais deve ter medo. Os únicos que podem nos fazer o mau, se permitirmos, são os demônios e os vivos, mas jamais as Santas Almas, que necessitam do nosso carinho, ajuda e amor e não do nosso medo.

segunda-feira, 18 de maio de 2015

A maior das obras de misericórdia e de caridade


A devoção as almas do Purgatório, dizia São Francisco de Sales, encerra todas as obras de misericórdia, cuja prática, elevada ao sobrenatural, nos há de merecer o Céu. A Santa Missa é o sacrifício de expiação por excelência. É a renovação do Calvário que salvou o gênero humano. A cada Missa, diz São Jerônimo, saem muitas almas do Purgatório.

Levai as almas todas para o Céu e socorrei principalmente aquelas que mais precisarem. Amém.

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Quanto as visitas das Santas Almas


As Almas Santas do Purgatório podem se fazer sentir, se apresentar a nós de várias maneiras: pode ser num sonho, pode ser num elemento exterior, pode ser uma intuição, pode ser até mesmo numa aparição. Existem inúmeros testemunhos que põem em evidência como as Almas do Purgatório pedem a nós, vivos, orações ou Santas Missas para que elas possam ser libertas dos sofrimentos sob os quais se encontram. Entretanto, o que o fiel devoto deve evitar e que a Santa Igreja não aconselha em nenhuma hipótese é a invocação. Se tiver de acontecer algum tipo de visita, seja de que forma for, por parte das Almas do Purgatório, deixai acontecer de forma natural, porque as Almas do Purgatório, embora "distantes" do Senhor, elas não respondem ao jogo humano da invocação.

Se uma pessoa cai no erro da invocação e se suposta "alma" o responde, essa pessoa está correndo o grande risco de estar recebendo visitas de demônios, pois as Santas Almas do Purgatório não respondem, como já dito, ao jogo humano da invocação; as almas do inferno não têm acesso a nós aqui da Terra e assim sendo, as únicas criaturas que podem vir do inferno para ter com as pessoas são os demônios, que respondem as invocações porque querem seduzir as pessoas e assim atraírem almas pra si.

Para resumir: É comum e é normal ao devoto que se empenha nas orações e penitências em favor das Almas do Purgatório, delas receber visitas, seja de alguma forma. Não se deve ter medo, pois as Santas Almas a ninguém fazem o mau, se elas nos visitam, principalmente as que mais necessitam, é pra pedir orações. Agora o que o fiel não deve fazer é invocar (chamar para perto, pedir para falar, dizer que quer ouvir, pedir aparição, etc...), pois invocando, o fiel pode receber visitas de demônios se passando, fingindo ser essa ou aquela alma. Deixai que as Santas Almas o visite, se tiverem de visitar, por necessidade própria, por vontade própria e pela autorização do Senhor. No mais, invocar também é cair na prática da necromancia, o que não é permitido pela Igreja ao fiel.

terça-feira, 12 de maio de 2015

Eu faço um pedido a um anjo - De uma jovem mãe que partiu sem conhecer seu bebê



De uma jovem mãe que partiu sem conhecer seu filho:

A você, que em suas orações sempre pede por nós, lembre-se de mim que fui mãe enquanto eu estava no seu mundo, mas que a fatalidade não me impediu de conhecer meu filho, me impediu de tomá-lo em meu colo, de envolvê-lo em meus braços e de beijá-lo como todas as mães o fazem.
A você moço, a você senhor, a você jovem e a você senhora, e a você que é mãe, sempre quando tomar um tempo dedicado a nós em tuas orações, por favor nunca deixe de se lembrar de mim e de todas nós que fomos mães neste mundo apenas por um dia, mas não tivemos a felicidade, como muitas os têm, de conhecer nossos filhos.

Querido amigo e irmão, você que reza por nós, onde estiver agora, na sua oração peça para que um anjo de Deus visite meu filhinho, que dê um beijo nele por mim e diga que mamãe lhe ama muito, mesmo estando aqui do outro lado, mesmo sem poder tocá-lo pessoalmente mas espiritualmente eu estou aí, eu o vejo, o sinto e o toco sem que ele me veja, e que é este o motivo do seu sorriso que de uma hora pra outra vem do nada.

Diga também a ele que quando um dia ele estiver mais crescido e já puder entender o que aconteceu comigo quando ele nasceu, para que não chore, pois no dia em que isso acontecer eu não estarei mais aqui no Purgatório e já serei no Céu um anjo a quem Deus mandou para do meu filhinho cuidar e para ter com ele todo o amor e todo o carinho que eu não pude ter aí na terra.

sábado, 9 de maio de 2015

A excelência da devoção pelas Almas do Purgatório


Acerca da excelência da devoção às Almas, que consiste em encomendá-las a Deus para que lhes dê algum alívio em meio as grandes penas que sofrem, e as chame o mais depressa possível para a Sua glória, é muito agradável a Deus e proveitosa também para nós. Porque por um lado essas almas são muito queridas por Jesus, e por outra parte são elas sumamente gratas para com aquele que lhes alcança a liberdade de sua prisão, ou ao menos lhes procura algum alívio em seus tormentos; e tanto que cheguem ao Céu jamais se esquecerão de quem por elas rogou.
Além disso, crê-se piamente que Deus dá a conhecer a quem roga por elas, a fim de que também elas peçam por nós.

Santa Catarina de Bolonha afirmava que mais de uma graça, que não tinha obtido por intercessão dos Santos, ela alcançava por intermédio das almas do Purgatório. Finalmente, são inúmeras as graças que os fiéis devotos destas santas almas relatam ter recebido por sua intercessão.

Ora, se desejamos o auxílio de suas orações, não só é justo, mas é até um dever socorrê-las em suas aflições e tormentos, com o nosso sufrágio.

quinta-feira, 7 de maio de 2015

Orações diversas pelas Almas do Purgatório

Oração de Santa Gertrudes:

Eterno Pai, Ofereço-Vos o Preciosíssimo Sangue de Vosso Divino Filho Jesus, em união com todas as Missas que hoje são celebradas em todo o mundo; por todas as Santas almas do purgatório, pelos pecadores de todos os lugares, pelos pecadores de toda a Igreja, pelos de minha casa e de meus vizinhos. Amém.

Terço das Almas:

Nas contas do Pai-Nosso: 
Meu Jesus, Misericordioso, Meu Deus! 
Creio em Vós, porque sois a mesma verdade. 
Espero em Vos, porque sois fiel às Vossas promessas. 
Amo-Vos, porque sois infinitamente Bom e Amável.

Nas três contas junto da Cruz do Terço: 
Meu Bom Jesus, não me deixeis morrer sem receber os últimos sacramentos.

Nas contas das Ave-Marias nas dezenas: 
Doce Coração de Maria, sede a minha salvação.

Oração de agradecimento por São José: 
Santíssima Trindade, eu vos ofereço os Corações de Jesus e de Maria, com os seus merecimentos e o seu Amor, em nome de São José, para vos agradecer todos os dons que lhe concedestes, sobretudo por tê-lo feito Pai adotivo de Jesus e Esposo verdadeiro de Maria Virgem.


Terço de jaculatórias pelas almas do Purgatório:
(Com a oração ditada por Nosso Senhor à Santa Gertrudes.)

- Faz-se o sinal da Santa Cruz.

- Reza-se o ato penitencial (“Confesso a Deus Todo Poderoso que pequei...”)

- Evocação a Deus Espírito (“Vinde Espírito Santo, Vinde por meio da poderosa intercessão do Imaculado Coração de Maria...”)

- Creio, Pai-Nosso, Ave-Maria e Glória.

Nas Contas do Pai-Nosso, reza-se a Oração ditada por Nosso Senhor à Santa Gertrudes:

“Eterno Pai, ofereço-vos o Preciosíssimo Sangue do Vosso Divino Filho JESUS, em união com todas as santas Missas que hoje são celebradas em todo o mundo, por todas as santas almas do Purgatório, pelos pecadores em todos os lugares, pelos pecadores na Igreja Católica, pelos pecadores em todas as outras igrejas, pelos de minha casa e meus vizinhos. Amém!”

Nas contas da Ave-Maria:

“Jesus, Maria e José eu Vos amo, salvai almas!”

Na conta da salve Rainha:

- “Sagrado Coração de Jesus, sede nosso Amor”!
- “Doce Coração de Maria, sede nossa Salvação”!

No encerramento:
        
“Dai-lhes Senhor o descanso eterno e que a luz perpétua as ilumine, Descansem em paz. Amém”.

Oração pelas almas do Purgatório:

        Ó Deus de bondade, de Misericórdia Tende piedade das benditas almas dos fiéis, que estão sofrendo e que padecem no purgatório, aliviai as suas penas, dai-lhe Senhor o descanso Eterno, e Fazei nascer para elas a LUZ perpétua. Amém.
        Ó Maria  concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós.

terça-feira, 5 de maio de 2015

Ladainha pelas Almas do Purgatório

Costuma-se rezá-la todas as segundas-feiras, que é dia de orações pelas almas e todos os dias de novembro, mês das almas





Senhor, tende piedade de nós!
Cristo, tende piedade de nós!
Senhor, tende piedade de nós!

Jesus Cristo, ouvi-nos!
Jesus Cristo, atendei-nos!

Pai Celeste, verdadeiro Deus, tende piedade das almas do purgatório!
Filho, Redentor do mundo, verdadeiro Deus, tende piedade das almas do purgatório!
Espírito Santo, verdadeiro Deus, tende piedade das almas do purgatório!
Santíssima Trindade, que sois um só Deus, tende piedade das almas do purgatório!
Santa Maria, rogai pelas almas do purgatório!
Santa Mãe de Deus, rogai pelas almas do purgatório!
Santa Virgem das virgens, rogai pelas almas do purgatório!
São Miguel, rogai pelas almas do purgatório!
Santos Anjos e Arcanjos, rogai pelas almas do purgatório!
Coro dos Espíritos Bem-Aventurados, rogai pelas almas do purgatório!
São João Batista, rogai pelas almas do purgatório!
São José, rogai pelas almas do purgatório!
Santos Patriarcas e santos Profetas, rogai pelas almas do purgatório!
São Pedro, rogai pelas almas do purgatório!
São Paulo, rogai pelas almas do purgatório!
São João, rogai pelas almas do purgatório!
Santos Apóstolos e santos Evangelistas, rogai pelas almas do purgatório!
Santo Estevão, rogai pelas almas do purgatório!
São Lourenço, rogai pelas almas do purgatório!
Santos Mártires, rogai pelas almas do purgatório!
São Gregório, rogai pelas almas do purgatório!
Santo Ambrósio, rogai pelas almas do purgatório!
Santo Agostinho, rogai pelas almas do purgatório!
São Jerônimo, rogai pelas almas do purgatório!
Santos Pontífices e santos Confessores, rogai pelas almas do purgatório!
Santos Doutores, rogai pelas almas do purgatório!
Santos Sacerdotes e santos Levitas, rogai pelas almas do purgatório!
Santos Frades e santos Eremitas, rogai pelas almas do purgatório!
Santas Virgens e santas Viúvas, rogai pelas almas do purgatório!
Vós todos, santos amigos de Deus, rogai pelas almas do purgatório!
Sede-nos propício, perdoai-lhes, Senhor!
Sede-nos propício, ouvi-nos, Senhor!
De seus sofrimentos, livrai-as, Senhor!
Da vossa cólera, livrai-as, Senhor!
Da severidade da vossa justiça, livrai-as, Senhor!
Do remorso da consciência, livrai-as, Senhor!
Das tristes trevas que as cercam, livrai-as, Senhor!
Dos prantos e gemidos, livrai-as, Senhor!
Pela vossa encarnação, livrai-as, Senhor!
Pelo vosso nascimento, livrai-as, Senhor!
Pelo vosso doce Nome, livrai-as, Senhor!
Pela vossa profunda humildade, livrai-as, Senhor!
Pela vossa obediência, livrai-as, Senhor!
Pelo vosso infinito amor, livrai-as, Senhor!
Pela vossa agonia e vossos sofrimentos, livrai-as, Senhor!
Pela vossa paixão e vossa santa cruz, livrai-as, Senhor!
Pela vossa santa ressurreição, livrai-as, Senhor!
Pela vossa admirável ascensão, livrai-as, Senhor!
Pela vinda do Espírito Santo consolador, livrai-as, Senhor!

No dia do julgamento, livrai-as, Senhor!

Ainda que sejamos pecadores, nós vos pedimos, ouvi-nos!
Vós que perdoastes aos pecadores e salvastes o bom ladrão, nós vos pedimos, ouvi-nos!
Vós que nos salvais por misericórdia, nós vos pedimos, ouvi-nos!
Vós que tendes as chaves da morte e do inferno, nós vos pedimos, ouvi-nos!
Dignai-vos livrar das chamas nossos parentes, amigos e benfeitores, nós vos pedimos, ouvi-nos!
Dignai-vos salvar todas as almas que gemem longe de vós, nós vos pedimos, ouvi-nos!
Dignai-vos ter piedade daqueles que não têm intercessores neste mundo, nós vos pedimos, ouvi-nos!
Dignai-vos admiti-las no número de vossos eleitos, nós vos pedimos, ouvi-nos!

Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, dai-lhes o descanso eterno!

(3 vezes)

Oração:

Ó Deus, Criador e Redentor de todos os fiéis, concedei às almas de vossos servos e de vossas servas, a remissão de todos os pecados, a fim de que, pelas humildes orações da vossa Igreja, eles obtenham o perdão que sempre desejaram. É o que vos pedimos por elas, ó Jesus, que viveis e reinais por todos os séculos. Amém.

O que é um cemitério


Cemitério é simplesmente o lugar do repouso dos mortos. A palavra cemitério vem do latim caemeterium, que literalmente significa dormitório, como a palavra grega donde se origina. Dormitório! Lugar de descanso. Lá estão aqueles sobre os quais a Igreja reza, dizendo: Daí-lhes, Senhor, o descanso eterno! Os corpos dos fiéis cristãos dormem, à espera da ressurreição. A Igreja chama o cemitério o lugar onde dormem os fiéis. O Ritual Romano fala na bênção “do lugar onde dormem os fiéis”... Que expressões!

Na linguagem cristã, o cemitério chama-se também campo santo. E há lugares onde o denominam também campo de Deus. Os povos pagãos tinham do cemitério uma ideia ou supersticiosa ou muito grosseira e materialista. Os romanos o denominavam putreolli – lugar onde se apodrece. Os pagãos modernos têm horror ao cemitério e pensam o mesmo em aboli-lo, substituindo-o pelos macabros fornos crematórios. Entretanto, é um lugar sagrado, uma lição perene para os vivos, é a recordação de nosso nada, de nossa miséria, mas também de nossa imortalidade e da ressurreição da carne. É um lugar sagrado. Tem este caráter sagrado, por mais que o laicismo tende reduzi-lo a um simples depósito de cadáveres destinados ao apodrecimento. Nosso corpo é sagrado, é o templo do Espírito Santo. Ainda depois de separado da alma, há de merecer todo respeito, porque um dia ressuscitará.

A Liturgia tem uma Bênção solene para os cemitérios, reservada aos Bispos. Nele se planta uma cruz bem grande. É a lembrança de nossa Redenção. O cemitério é a terra da cruz. Tudo ali nos fala da cruz de JESUS CRISTO. Em cada sepultura uma cruz, o símbolo da Redenção. Como é triste verem-se, ainda hoje, túmulos pagãos donde baniram a cruz, substituída por uma coluna partida ou qualquer outro símbolo de dor e desespero. O cristianismo santificou a nas catacumbas, com honras e piedosas preces. Como são belas as inscrições que nos deixaram! Todas falam da imortalidade e do Céu. Ás vezes uma só palavra dizia tudo: Viveu!

A Igreja, que consagra os cemitérios, abençoa as sepulturas cristãs e pede ao Senhor que mande um Anjo guardar cada uma delas. Eis a bela oração da bênção do túmulo:

“Ó DEUS, cuja misericórdia dá o repouso às Almas dos fiéis, dignai-Vos abençoar esta sepultura e enviar o vosso Anjo para a guardar. Dignai-Vos também livrar dos laços de seus pecados as Almas daqueles cujos corpos estão aqui sepultados, a fim de que gozem continuamente e eternamente da felicidade junto com os vossos Santos”...

Que laços são estes dos pecados? Naturalmente os laços que prendem as pobres Almas na expiação, nas chamas do Purgatório. Eis como a Igreja santifica o cemitério, nossa sepultura, e deseja que aprendamos ali o que somos: Pó! É...uma alma imortal destinada à felicidade eterna no seio de DEUS.



Lições do cemitério

O cemitério é uma escola, não há dúvida. Fala-nos da morte. Lembra nossos Novíssimos. Dizia Santo Agostinho: “que a morte seja vossa mestra!” Palavras profundas e tão singelas! Sim, a morte é uma grande mestra. E onde ensina melhor? Onde está sua escola? No cemitério. Quantas lições não nos dá ela! Ó, se os vivos soubessem aproveitar as lições da Doutora Morte!

Vamos ao cemitério com sentimentos cristãos e muito aprenderemos lá.

Um cemitério cristão, escreve o erudito Mons. Gaume, prega quatro dogmas:

- A nobreza e a santidade do corpo da pessoa humana,

- a grande lei da fraternidade universal e eterna,

- a imortalidade da alma,

- a ressurreição da carne.

Prega a nobreza do corpo humano, cercando-o de respeito e veneração, mesmo quando ele se transforma num montão de ruínas, numa podridão, num punhado de cinzas. Respeita estas cinzas e as quer depositadas num lugar sagrado.

Uma voz parece se ouvir no cemitério como a do Senhor a Moisés: É sagrado o lugar onde estás, esta terra que pisas.

Lá dormem os cristãos. Como é doloroso ver-se desrespeitado e profano o lugar dos mortos com tantas leviandades e até com o escândalo e o pecado. No cemitério conservamo-nos respeitosos como num templo. Oremos e meditemos ali. É lugar sagrado. O cemitério fala-nos que somos todos irmãos. Todos nivelados numa tumba! A diferença dos mausoléus e das sepulturas rasas não tira ao cemitério a ideia do nivelamento, do nada que somos, e da podridão de uma sepultura. Que lição para os orgulhosos! E como devemos nos amar em CRISTO, nós que seremos nivelados após a morte até a ressurreição da carne! Debaixo de uma sepultura, todos iguais! Ali não se acaba tudo. Ali começa tudo. É a porta da eternidade, o pórtico da outra vida. Então, pensamos na imortalidade de nossa alma. Olhar para um cemitério com a indiferença deste grosseiro materialismo que hoje aí impera, é muito triste e horrível porque desespera. Cada sepultura é uma porta do céu para o verdadeiro cristão. Uma sementeira onde descansa um corpo que depois de apodrecido como a semente na terra, surgirá ressuscitado para unir-se à alma na eternidade, quando vier a ressurreição da carne. Ressuscitarei um dia! Que doce esperança do cristão!

Escreveu D. Cabról: “A alma voltará um dia para animar este corpo que foi seu companheiro na Terra e que ela o fez trabalhar no serviço de DEUS. Tomará de novo sua forma mortal, mas uma forma embelezada, enobrecida, elevada até o apogeu da glória. A alma santificada elevará este corpo a um grau de glória e o fará entrar no Céu e lhe comunicará os dons da imortalidade e da glória”.

Tudo isto o cristão aprende e medita num cemitério quando o visita com fé e vive o espírito da Igreja que santifica e abençoa o campo santo. 



Visitas ao cemitério

Quanto mais os cristãos tíbios e os pagãos modernos têm horror e fogem dos cemitérios, tanto mais nós, os que cremos na imortalidade de nossa alma e esperamos a ressurreição da carne, devemos visitar e amar o campo santo. Visitemos os cemitérios. Serão nossos mestres, e neles nos lembraremos das pobres Almas do Purgatório.

São Camilo de Lelis e muitos outros santos tinham o piedoso costume de visitar os mortos e meditar sobre as sepulturas. Quantas vezes o Santo dos enfermos não se aprofundava numa meditação ante as sepulturas, dizendo a si mesmo: “medita na sorte destes que já estão na eternidade. Ó, se muitos destes mortos pudessem voltar à Terra como fariam penitência e haviam de trabalhar para sua salvação! Agora sabem eles o que é DEUS e a eternidade, e o que valem as vaidades deste mundo!”

Aconselha-se a visita aos cemitérios para meditação nossa e para o proveito dos fiéis defuntos. Convém recolher-se um pouco ao passar diante de um campo santo. Rezar, refletir um instante! Não sejamos indiferentes e frios como os que não têm fé e não esperam a ressurreição da carne.

A Santa Igreja, para nos estimular, concede-nos várias e ricas indulgências pela visita ao cemitério. Durante a oitava dos mortos, isto é, de 2 a 9 de Novembro, os fiéis que visitarem o cemitério e rezarem pelos defuntos, podem lucrar as seguintes indulgências: “uma indulgência plenária cada dia aplicado só aos defuntos. E a todos que visitam o cemitério e oram pela Almas, uma indulgência parcial aplicável só aos defuntos” P.446.

Por que estas indulgências? Naturalmente para nos estimular a orar pelos mortos no lugar dos mortos, e assim embalsamarmos com a oração a sepultura sagrada dos que dormem à espera do acordar do Juízo no último dia.

Nas visitas pastorais, o Bispo reserva um dia para os mortos. São também dignos merecedores da visita do Pastor. É o exame do Pastor vigilante não só por motivos canônicos e litúrgicos; tem o fim estimular os fiéis a rezarem pelos fiéis defuntos, incentivar a devoção do sufrágio, recordar as grandes verdades de nossos novíssimos.

Por tudo isto, que havemos de concluir?

A Igreja quer que visitemos os cemitérios, que não nos esqueçamos desta obra de caridade. Não basta aquela visita, muitas vezes por vaidade e ostentação, no dia de Finados umas coroas depositadas nos túmulos, umas lágrimas que logo se enxugam e as flores que logo se murcham. Não é disto que precisam os mortos. As flores provam amizade, não as reprovamos. São elas uma manifestação delicada de amor. As lágrimas não as condenamos. JESUS não chorou ante o sepulcro de Lázaro? Ficaremos todavia só em lágrimas de sentimentalismo? É preciso sufragar as Almas de nossos defuntos queridos. Vamos aos cemitérios para os socorrer e não apenas para nos consolar e cumprir uma formalidade social. Enfim, visitemos os cemitérios como cristãos, como os que acreditam na ressurreição da carne.

sábado, 2 de maio de 2015

Que a sã doutrina sobre o Purgatório seja levada à toda a parte


Entrar no Céu e participar da Glória de Deus é o anseio de cada Cristão. No entanto, para que isso aconteça, é preciso que a pessoa esteja totalmente purificada de seus pecados e pronta para amar a Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma e com todo o seu entendimento. E para expiação dos pecados e para que ocorra esta purificação existe o Purgatório. 

A Igreja ensinou que o Purgatório existe e que as almas aí retidas podem ser ajudadas pelos sufrágios dos fiéis e sobretudo pelo Santo Sacrifício do Altar. 

Que a sã doutrina sobre o Purgatório, transmitidas pelos Santos Padres e pelos Sagrados Concílios seja acreditada, mantida, ensinada e pregada por toda a parte. Amém.

sexta-feira, 1 de maio de 2015

Aliviemos os sofrimentos das almas com tudo o que nos mortifica


Um movimento do coração, um olhar para o céu, uma lembrança, um pensamento de compaixão, os Nomes de Jesus e de Maria Santíssima pronunciados com devoção em favor das almas, diminuem certamente suas penas. Custa-nos muito pouco sufragá-las. Somos obrigados a certas orações, a assistir as Missas, aproximar-nos dos sacramentos e perdoar nossos inimigos. Tudo isso é aceito por Deus e serve para o alívio das almas. 

E os males do dia-dia? A fadiga do trabalho, as doenças, as humilhações, a tarefa de suportar os que nos rodeiam, os problemas... Tudo isso pode servir para expiar os pecados das almas. 

O sofrimento junto com a prece tem uma eficácia extraordinária para alcançar de Deus todas as graças. Assim sendo, aliviemos as almas do Purgatório com tudo o que nos mortifica. Deus aplica aos mortos os méritos dos vivos.